sábado, 11 de dezembro de 2010

Depois de tudo.

Depois de tantas dúvidas, tristezas, e confusões desse ano, finalmente estou de férias, e 2011 já está praticamente na porta. É estranho pensar neste ano, ele não foi relativamente bom, mas também não foi um desastre. A questão é que fui pega de surpresa mais vezes do que queria, e talvez por ser surpresa eu não consegui lidar com a situação. Entretando resolvi superar todas as minhas más decisões e esperar que ano que vem eu consiga tomá-las sabiamente, sem estresse, sem dúvidas.

Bom, agora de férias estou revendo meus conceitos sobre amor, amizade, e outras coisas a mais. É estranho que a portunidade de ficar parada me dê tanta liberdade para pensar em coisas que antes eram óbvias para mim, que porém agora, não são. Chateei-me muito com meus amigos, comecei a desiludir novamente. Isso sempre contece comigo, um amigo falha, eu fico enormemente chateada, penso que amizades não são como nos cinema (e realmente não são), e como elas são injustas e tudo mais. Logo depois alguém me da a mão e diz ser meu amigo, e eu vou toda florida e feliz pensando que encotrei a amizade perfeita. É... Nenhuma amizade pode ser perfeita.

Amizade é algo muito relativo para mim. Analisando bem eu como amiga, sou um desastre. Eu não fico ligando para a pessoa sabendo se ela esta bem, ou colada no MSN tentando conversar com ela, doida para descobrir algo sobre suas férias. É, eu definitivamente sou falha nesse quesito. A questão é que gosto de ter um ponto de privacidade, gosto de ter um espaço que em uma amizade ou qualquer outro relacionamento não é permitido ter. Eu não gosto de ficar falando sobre o que fiz no meu dia, ou o porque de eu estar triste ou qualquer coisa sobre mim, e isso não é porque não valorizo a pessoa que está me pedindo isso, é porque eu definitivamente não gosto. É coisa de personalidade, sou assim. Mas acaba que eu entro em conflito com o que definimos amizade - cuidar, dar carinho, se preocupar, etc.

Se pudesse ser sugerido um tipo diferente de amizade para mim eu ficaria feliz. Só que para outras pessoas aceitarem ese tipo de amizade é difícil. E ainda há mais uma coisa - eu não quero um amigo que não se importe comigo. E aí entro em confronto com aquilo que disse anteriormente. Como lidar com isso? As vezes eu mesma fico confusa, peço para alguém parar de ficar se preocupando, e na hora que ele o faz fico me sentindo sozinha. Creio que pode haver algum fator psicológico nisso, como eu relacionar a preocupação da pessoa como uma das principais colunas que formam nossa amizade. E não é assim! Acho que se eu precisar de alguém para se preocupar comigo, eu vou demonstrar, eu vou chegar para a pessoa e vou contar para ela voluntariamente. Isso faz lógica na minha cabeça, e daria totalmente certo, mas na teoria é um coisa e na prática é totalmente falha. Eu realmente sinto como se ninguém se importasse comigo.

É nesta parte que fico com raiva e saiu descontando tudo em todos. Por que eu não quero que ninguém invada meu espaço e ao mesmo tempo quero isso. Heey, estou confusa! Deveria ter um ponto intermediário sabe, um meio termo, porém eu ja tentei descobrir um meio termo para isso, mas não vi nenhuma pessoa conseguindo fazê-lo. E eu sempre acho que estou nesse ponto de meio termo só que na verdade acho que estou mais para não me importar. Pergunto-me se meus amigos se fazem a mesma pergunta que eu me faço todos os dias. Será que eles realmente são meus amigos?!

Li uma pergunta de uma internauta para uma psicóloga, que a tal relatava que esse tipo de comportamento é normal em um relacionamento. Digo, uma pessoa procurar menos a outra, parecer se importar menos e tudo mais, a questão não é que a pessoa não goste da outra, ela simplesmente tem modos diferentes de demonstrar aquilo. Alguns tem que ser um grude, ligar sempre, perguntar sobre tudo, enquanto outros tendem a ser mais evasivos.

E os evasivos como sempre - são compreendidos errados.
E eu estou nessa classe, e eu sei como é ser mal comprrendida.

Até perceber que essa confusão sobre amizade que acontece dentro de mim é algo de minha personalidade, e não na verdade culpa minha, porque, me desculpem, eu nasci assim - eu sofri. Poxa, fiquei pensando que tipo de amiga eu era e tudo mais, e quanto mais alguém qustionava sobre isso, mais triste eu ficava, mais depressiva e magoada. Experimente achar que você é um fracasso perante às pessoas que você ama. Não é nada agradável e feliz. Só que nem tudo isso é tão verdade, porque isso não passou totalmente, dependendo do momento eu me argumento da mesma maneira e me sinto horrível da mesma maneira.

Já descobri que eu não encaixo perfeitamente em uma amizade de valores originais. E que não sou só eu que sou assim. Mas é difícil se aceitar. Quando estamos vivendo uma amizade e nos vemos praticamente errar com o outro é bem revoltante.

Outra coisa também é que eu sou ignorante. Explicando melhor, sou grosseira, falo as coisas como não deveria, guardo raiva do que meus amigos fazem e uma hora isso explode e eu saiu dando patada. É fácil pedir para me controlar, só que eu sou o tipo de pessoa bomba. É exatamente. Eu sei que esse exemplo é tosco e tudo mais só que interpretando ele no meu caso, é real. Chega um hora que o fogo - no caso a raiva - queima toda a minha parafina - no caso minha consciência - e eu explodo. Aí bem, são problemas, atrás de problemas. Discussões, atrás de discussões.

Para dar carinho demoro bastante, mas para dar patada é quase instantâneo. Eu so muito perdida, de boa. Sabe, eu sei dos meus erros, e ano que vem pretendo melhorá-los. Acho que esse ano mais do que nunca assumi alguém que eu de verdade não sou, comecei a ser grosseira e tudo mais. Fiquei assim devido a certas situações em que achei que a estupidez daria mas certo do que sentar e conversar. E até agora continuo assim. Ano passado, falando sério, eu era carinhosa e apreensiva, conseguia ver o lado bom em tudo e não conseguia decair tanto quanto eu decai esse ano.

Algumas pessoas pediram para eu abrir meu coração, eu abri, me decepcionei e comecei a usar tudo como defesa. É difícil você controlar situações quando as pessoas estão escondidas dentro do seu coração, e eu sei que isso é filosófico mas é a verdade. Ser racional é muito mais útil, e eu resolvi que vou abrir meu coração a partir de agora só para uma pessoa - a que eu amar de verdade - estou falando de um garoto que eu me apaixone, ok?. O resto vai ficar do lado de fora e isso não quer dizer que eu nao vou os amar, mas que eu estarei me protegendo do que eles podem fazer dentro de mim.

Não deveria ser assim, mas as pessoas me machucam mais do que imaginam. As vezes uma coisinha me deixe profundamente chateada e eu não quero ficar triste o ano inteiro por causa dessas pessoas, eu quero de verdade perdoá-las e esquecer o que tanto elas fizeram e me doeram. Eu quero mudar, quero sair mais, ser mais engraçada, ser mais eu mesma. Não quero ninguém se intrometendo na minha vida, eu quero que cada um viva a sua e ponto. A partir de agora eu vou tomar as rédias das coisas e eu quero ver se vai sair tão do controle como estivera saindo atualmente. Está difícil reorganizar meus pensamentos, minha vida, eu mesma. E quando eu finalmente conseguir, ficarei intacta.

Não adianta agora me pedirem para abrir meu coração para as pessoas e tudo mais, porque eu dou a elas o que elas merecem, e sendo sincera, elas não merecem nada, e sabe por que? Tem muita gente que não entende, que o nosso verdadeiro coração é transparente, e na verdade ninguém o vê, só o sente.

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