quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Amizades são só conveniências

Uma hora você cansa de tudo, de tentar de novo, de se decepcionar, de ficar feliz por breves momentos. Eu não sei, mas creio que deve haver algo escrito na minha testa do tipo: amiga da onça, não se aproxime. Eu devo de algum modo repelir as pessoas, porque a cada minuto que fico com aqueles que amo, aqueles considero, me sinto mais vazia do que completa, isso porque não consigo sentí-los próximos de mim, verdadeiros.
Eu si que erro, que faço coisas que não deveria, mas sabe eu ainda não descobri alguém que faça desses erros uma piada, eu só vejo gente me apontando o dedo, e o pior é que as vezes nem é sempre na verdade um erro, ele só se tornou a partir do momento que algém tirou uma interpretação equivocada. Penso então que a plaquinha na minha testa faz com que todos pensem que estou fazendo tudo por maldade, que gosto de maltratá-los, e o mais legal disso é que se meus amigos pensam assim, é poque só vem o que a plaquinha diz e nunca o que os meus olhos são capazes de falar o que a boca não consegue. E quando penso nisso, me pergunto: que amigos sao esses que não conseguem me ver por inteira? Alguns, pedem apoio para mim, mas me esquecem na maioria dos momentos, não me retribuem nada, só ficam feliz com o que ganham e pronto.
Não quero pessoas que me fazem só rir, quero pessoas que sentam ao meu lado quando estou com um sorriso triste, que sabem que o meu silêncio é uma forma de dizer: não estou bem, que reconhecem que tem horas que eu não aguento brincadeiras, que só quero alguém para conversar sobre algo e me distrai. A maioria das pessoas que conheço me deixam na parte que eu os mais preciso e eu pergunto, eles são amigos? Eu so tão difícil de lidar a ponto deles nunca saberem como me sinto? Não estou desfazendo de quem tenho ao meu lado, eu os amo muito, admiro, mas me decepciono também, espero muito de todos, espero amizades de cinema - que não existem. E é por isso que dói mais, é por isso que minhas lágrimas insistem em cair, porque eu sei que não tenho e não vou ter ninguém que realmente esteja disposto a conhecer minhas fases, os meus jeitos, de verdadeiramente me entender.
A minha máscara de alegria está enferrujando e eu ja não consigo manter uma risada por muito tempo, não consigo me divertir de verdade com ninguém, tudo é algo que me esforço pra fazer, não algo volutantário. EU me pergunto cadê aquela alegria de tempos atrás, das risadas incansáveis, do choro de tanto rir. Tudo desapareceu a partir do momento que deixei pessoas de mais usarem meu coração e perceber que elas eram nada mais que ilusões. E agora, tudo se tornou um buraco sem cura e sem fim - e eu descobri pela milésima vez que estou sozinha, que não quero mais ninguém dentro de mim, que amizades são apenas coveniências.

Tudo bem, agora estou bem...

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